Na próxima segunda-feira, dia 24 de maio, vou apresentar um relato etnográfico aúdio-visual da minha pesquisa de campo na Amazônia no Laboratório de Antropologia da Ciência e da Técnica (LACT/UNB), na sala de Reuniões do DAN/UNB, entre as 14-16hrs. A idéia é falar sobre algumas questões iniciais que posteriormente serão desenvolvidas na minha tese de doutorado - "Redes Sociotécnicas na Amazônia: etnociências, "biodiversidade" e "conhecimentos tradicionais associados" (título provisório) - a partir de vídeos etnográficos feitos em campo.
Entre março de 2009 e abril de 2010, estive acompanhando dois projetos de pesquisa que envolvem "acesso" à "biodiversidade" e aos chamados "conhecimentos tradicionais associados" que foram autorizados pelo Conselho de Gestão do Patrimônio Genético: "Agrobiodiversidade nas Terras Indígenas do Alto Rio Negro", projeto desenvolvido pelo Instituto Socioambiental (ISA) e a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), envolvendo a partircipação de pesquisadores e agricultores indígenas que vivem entre suas comunidades e sítios localizados ao longo do rio Negro e a cidade de São Gabriel da Cachoeira (AM); e "Identificação de espécies botânicas amazônicas como potenciais fitoterápicos: estudos etnobotânicos, fitoquímicos, farmacológicos e toxicológicos", desenvolvido por uma rede de laboratórios ligada à Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e ao Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA), envolvendo uma comunidade de ribeirinhos do alto rio Amazonas que fazem uso de plantas medicinais.
A proposta geral da pesquisa consiste em analisar a relação entre pesquisadores e comunidades locais e as diferentes visões sobre os "objetos" que estão sendo acessados nessas iniciativas, tratando de questões emergentes como Repartição de Benefícios, Consentimento Prévio e Propriedade Intelectual. Nessa primeira apresentação no LACT, não pretendo apresentar conclusões, pois essas terão que aguardar a sistematização dos dados etnográficos coletados em campo e só serão apresentadas na defesa da tese, em abril de 2011. O que pretendo fazer aqui é levantar alguns questionamentos iniciais ainda em forma de esboço a partir da seleção de alguns vídeos etnográficos produzidos durante a pesquisa.
A apresentação tem como título, "Por uma antropologia simétrica: relato etnográfico aúdio-visual sobre redes sociotécnicas na Amazônia" e está dividida em duas partes:
Parte I - Da comunidade ao laboratório: etnofarmacologia, plantas medicinais e fitoterápicos.
Parte II - Agrobiodiversidade em São Gabriel da Cachoeira, alto rio Negro: pesquisa participativa e o diálogo entre saberes indígenas e científicos.
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