terça-feira, 31 de maio de 2011

Índio - Caetano Veloso

Na vida, nossas convicções, crenças e  idéias são valores inestimáveis que ninguém, por mais poderoso que seja, poderá destruir ou silenciar. É aquilo que levamos com nós, ao nosso lado, logo a frente, como um horizonte que se abre para que possamos efetivar nossos projetos e sonhos. É assim que plantamos as pequenas sementes que dão frutos valiosos e duráveis. Afinal, conforma já disse muito melhor Eduardo Galeano, para que serve a utopia se não para nos mostrar um caminho, um horizonte para onde podemos apontar nossos passos e orientar nossa vontade.    


sábado, 28 de maio de 2011

Cidadãos da Mata - Baianos e os novos Caetanos

Está é direto do túnel do tempo. Uma fase nem tanto conhecida de Chico Anysio (o cabeludo do lado direito). Em defesa dos nossos cidadãos da mata! 

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Não deixe o samba morrer - Alcione




Não deixe o samba morrer
Não deixe o samba acabar
O morro foi feito de samba
De Samba, prá gente sambar...



Quando eu não puder
Pisar mais na avenida
Quando as minhas pernas
Não puderem agüentar
Levar meu corpo
Junto com meu samba
O meu anel de bamba
Entrego a quem mereça usar...(2x)

Eu vou ficar
No meio do povo, espiando
Minha escola
Perdendo ou ganhando
Mais um carnaval
Antes de me despedir
Deixo ao sambista mais novo
O meu pedido final...

Antes de me despedir
Deixo ao sambista mais novo
O meu pedido final...

Não deixe o samba morrer
Não deixe o samba acabar
O morro foi feito de samba
De Samba, prá gente sambar...(2x)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Pedido de suspensão de Belo Monte apresentado à Dilma por 17 Associações Científicas

"Excelentíssima Presidenta,

Por meio desta, as Associações Científicas vinculadas à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), abaixo assinadas, vêm manifestar a V. Exa. Extrema preocupação com o adequado cumprimento dos dispositivos legais relativos aos direitos humanos e ambientais, especialmente dos Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais a serem afetados pelo projeto de construção da UHE Belo Monte, e solicitar que o licenciamento da referida hidrelétrica seja pautado pela observância às leis e pela cautela diante do risco de ameaça à vida.

Diversos fatos ocorridos após as intempestivas concessões da Licença Prévia nº 342/2010, em 01 de fevereiro de 2010, e da Licença de Instalão nº770/2011, em 26 de janeiro de 2011, notadamente aqueles que dizem respeito às medidas cautelares (MC-382-10) da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos; e ao não cumprimento das 66 condicionantes (26 relacionadas aos Povos Indígenas) vinculadas à Licença Prévia, suportam a nossa preocupação.

A decisão da CIDH é claramente respaldada por outras instituições brasileiras, inclusive pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados (07 abril de 2011) e pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal (05 de maio de 2011). E, vem ao encontro dos questionamentos realizados pelo Ministério Público Federal, mediante o ajuizamento de dez Ações Civis blicas, das quais nove aguardam julgamento de mérito.

No mesmo sentido, a Associação Brasileira de Antropologia, também signatária deste documento, além da realização de eventos, de audiência com a Secretaria Geral da Presidência República, nos quais tem propugnado pelo cumprimento da legislação concernente aos direitos dos povos indígenas, emitiu três notas públicas. Nestas, tem "alertado a opinião pública e as autoridades máximas do governo brasileiro para a precipitação com que tem sido conduzida a aprovação do projeto, dentro de uma estratégia equívoca e sem atenção aos dispositivos legais" (outubro de 2009, http://www.abant.org.br/file?id=114); sublinhado que "os encaminhamentos e decisões
relativas a UHE de Belo Monte estão descumprindo uma disposição legal, a Convenção 169, amplamente acatada no plano internacional e já incorporada pela legislação brasileira" (fevereiro de 2011, http://www.abant.org.br/?code=101); e que o cumprimento do cronograma das obras não pode sobrepor-se às obrigações que o Estado tem no respeito aos direitos de pessoas e coletividades que lá habitam (algumas desde épocas imemoriais), nem pode transformar em letra morta as normas de proteção ao meio ambiente" (abril de 2011,http://www.abant.org.br/news/show/id/54).

Neste sentido, a Associação Brasileira de Antropologia recomenda a prévia "regulamentação pelo Estado brasileiro dos procedimentos de consulta junto aos povos indígenas e demais populações afetadas, em conformidade com o estabelecido na Convenção 169 da OIT" (abril de 2011, http://www.abant.org.br/news/show/id/54).

No que diz respeito ao cumprimento das condicionantes, o Conselho Nacional de Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), órgão consultivo do governo, relatou à ministra da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), uma situação de crise política e de violação de direitos sintetizada na frase "ausência absoluta do Estado" (13 de abril de 2011, veja: http://agenciabrasil.ebc.com .br/noticia/2011-04-13/ conselho-de-di reitos-hu manos-a pontaausencia-absoluta-do-estado-em-belo-monte).

Situação similar foi constatada em Diligência realizada pela Comissão de Direitos Humanos e legislação Participativa do Senado Federal - na cidade de Altamira, em 16 de abril de 2011, em cujo relatório há denuncias de abuso de autoridade, invasão de propriedade, além de situações de insegurança e tensão (http://www.marinorbrito.com.br/?attachment id=578).

Igualmente, a Associação Brasileira de Antropologia divulgou a ocorncia de graves conflitos e tensões que, associados ao modo como vem se processando o licenciamento, implicam o deslocamento compulsório de povos tradicionais, alheio a qualquer programa ou política de compensação; e ameaça de morte a lideranças indígenas (maio de 2011,http://www.abant.org.br/news/show/id/62).

Não obstante este contexto, vem sendo noticiado na imprensa nacional, mediante informação atribuída ao Ministro das Minas e Energia, que a licea Instalação definitiva será concedida até junho de 2011 (http://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/05/06/lobao-diz-gue-mesmo-comcriticas-belo-monte-sera-construida-prosseguiremos-924401398.asp#ixzz1Ltgr4faN).

Excelentíssima Presidenta, diante do exposto, vimos solicitar a suspensão do processo de licenciamento da UHE Belo Monte, até que sejam cumpridas as condicionantes recomendadas pelo órgão regulador, seja julgado o mérito das ações civis públicas ajuizadas, e sejam regulamentados os procedimentos de consulta junto aos povos indígenas e demais populações afetadas".

Associação Brasileira de Antropologia - ABA
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC
Academia Brasileira de Ciências - ABC
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais - ANPOCS
Associação Brasileira de Agroecologia - ABA
Associação Brasileira de Educação a Distância - ABED
Associação Brasileira de Estudos Populacionais - ABEP
Associação Brasileira de Lingüística - ABRALlN
Associação dos Geógrafos Brasileiros - AGB
Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia - ANPEPP
Associão Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional - ANPUR
Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte - CBCE
Sociedade Botânica do Brasil - SBB
Sociedade Brasileira de Economia Ecológica - EcoEco
Sociedade Brasileira de Economia Potica - SEP
Sociedade Brasileira de Engenharia Biomédica - SBEB
Sociedade Brasileira de Etnobiologia e Etnoecologia - SBEE
Sociedade Brasileira de Ictiologia - SBI
Sociedade Brasileira de Química - SBQ
Sociedade Brasileira de Sociologia - SBS

FONTE: Associação Brasileira de Antropologia 

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Plantas Medicinais na Comunidade: práticas de conhecimento ribeirinhas

Estas fotos foram tiradas durante o meu trabalho de campo na comunidade N. S. de Nazaré, localizada na região do Alto Amazonas. Foi nessa comunidade que as plantas medicinais analisadas no laboratório (ver post anterior) foram coletadas. Durante o período que permaneci na comunidade, acompanhei os homens nas atividades de coleta de plantas na mata, as mulheres no cuidado das plantas medicinais do quintal e na preparação dos remédios caseiros. Também ouvi muitas histórias sobre plantas e animais da floresta e acompanhei o trabalho de um curandeiro local em diversas situações de cura. A minha intenção era entender melhor a relação dos ribeirinhos com as plantas, suas práticas de conhecimento e a sua inserção no projeto de pesquisa coordenado por uma equipe de farmacêuticos.

    Comunidade Ribeirinha de N. S. de Nazaré - Alto Amazonas (AM)

Praça Central da Comunidade: Igreja e Sede da Associação

Lago Purupuru

Reunião da Coordenação de Área - Comunidade N. S. de Nazaré

Dona Maria, suas netas e seu canteiro de Plantas Medicinais

O cuidado com as plantas medicinais do quintal

Dona Lourdes e as suas plantas medicinais

As redes de circulação de plantas e conhecimentos na comunidade

As viagens de coleta das plantas da mata

As Trilhas na Floresta em busca de plantas medicinais da mata

Outra Viagem de Coleta

Compadre Manuel e as plantas medicinais

Cortando as cascas para preparação de remédio caseiro

Contando histórias sobre plantas, animais e entidades da floresta

Os remédios caseiros

Os remédios caseiros II

Flutuante Ribeirinho - Comunidade N. S. de Nazaré  
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