[Selecionei este breve trecho por ele abrir um caminho em direção à problematização do "sujeito moral" nas ciências. Isso implica uma reflexão sobre a maneira como o fazer científico envolve um trabalho cotidiano sobre si mesmo e com os outros (humanos e não humanos). Ao lado desse exercício reflexivo - diretamente associado à noção de "modos de subjetivação" em Foucault - será necessário abordar outro tema importante: os modos 'disciplinares' de objetivação das relações de conhecimento. Este aspecto é abordado em outros trabalhos de Foucault, principalmente, no livro "Vigiar e Punir". Inclusive, foi a releitura desta obra durante o processo de escrita da tese que me fez problematizar o espaço e o tempo laboratorial como componentes de uma máquina disciplinar, que age sobre os corpos e subjetividades dos cientistas. Esses dois aspectos - os modos de subjetivação e objetivação - tiveram um efeito importante nos estudos da ciência denominados de "epistemologia histórica" (Daston e Galison) e "ontologia histórica" (Ian Hacking).]
[Nesta semana, realizamos a terceira reunião do Grupo de Estudo "Saber e Poder em Foucault", desta vez para refletir e debater o segundo volume da História da Sexualidade. Devido à série de seminários do Nupecs com a temática foucaultiana, retomaremos às atividades do grupo somente em janeiro de 2013].
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