No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos localizada na cidade de Nova York, nos Estados Unidos, fizeram uma grande greve reivindicando uma redução da jornada de trabalho de 16 horas para 10 horas e uma equiparação salarial com os seus colegas homens. A manifestação foi brutalmente reprimida pelas forças policiais, que trancaram as mulheres dentro da fábrica e colocaram fogo, ocasionando a sua morte por carbonização. Mais tarde, em 1910, em uma conferência na Dinamarca, essa data foi escolhida como um símbolo da luta feminista no mundo inteiro, passando a ser celebrada como homenagem à dedicação e à coragem das operárias norte-americanas.
Após a atuação das mulheres em duas guerras mundiais, quando tiveram que assumir um papel até então desempenhado pelos homens na economia de suas nações, trabalhando nas fábricas e exercendo funções até então consideradas “masculinas”, o movimento feminista ganhou maior visibilidade política no mundo inteiro. Após as lutas desempenhadas durante todo o século XX, os direitos civis e políticos das mulheres foram reconhecidos por boa parte das sociedades ocidentais contemporâneas. Hoje em dia, as mulheres possuem mais autonomia do que as suas antepassadas e podem gozar de uma relativa liberdade civil e política, podendo atuar em praticamente todas as áreas. No Brasil, a revisão do código civil e a criação de leis rigorosas para combater as situações de violência doméstica, como é o caso da Lei Maria da Penha e da criação das delegacias especializadas, criou uma base jurídica importante para a consolidação dos direitos das mulheres. Por outro lado, mudanças culturais também foram importantes, como o ingresso das mulheres no mercado de trabalho nacional e internacional.
A eleição da primeira presidenta do Brasil, em 2010, foi um marco no imaginário nacional e o início de um novo ciclo libertário para todas as brasileiras. O mesmo ocorreu em outros países da América Latina, que também escolheram uma mulher para ocupar o cargo mais importante da vida política nacional. Também é cada vez maior o número de mulheres ocupando posições de comando no mundo empresarial ou assumindo funções importantes no mundo da ciência e das artes. As grandes conquistas das nossas esportistas não deixam dúvida da sua capacidade de superar grandes obstáculos e conquistar uma posição de destaque nas grandes competições mundiais.
A eleição da primeira presidenta do Brasil, em 2010, foi um marco no imaginário nacional e o início de um novo ciclo libertário para todas as brasileiras. O mesmo ocorreu em outros países da América Latina, que também escolheram uma mulher para ocupar o cargo mais importante da vida política nacional. Também é cada vez maior o número de mulheres ocupando posições de comando no mundo empresarial ou assumindo funções importantes no mundo da ciência e das artes. As grandes conquistas das nossas esportistas não deixam dúvida da sua capacidade de superar grandes obstáculos e conquistar uma posição de destaque nas grandes competições mundiais.
Mas, infelizmente, ainda resta muito a fazer. Nos países ocidentais, as mulheres ainda ganham menos do que os homens para exercer a mesma atividade econômica, sofrem preconceito de gênero dentro e fora de casa e ainda possuem uma participação na política partidária bem abaixo do ideal. Infelizmente, a violência doméstica é um fenômeno que atinge todas as classes sociais. Ao mesmo tempo, as mulheres ainda são tratadas como “mercadorias” ou “objetos” de consumo dos homens, principalmente, nas campanhas publicitárias, no mundo da moda, no cinema e na televisão. As jovens sofrem a imposição de um padrão de beleza desumano e estão submetidas à necessidade de reprodução de uma estética exógena e de características européias e norte-americanas. Os comerciais de cerveja estão aí para revelar com expressividade a violência simbólica da “mulher-mercadoria”, reduzida a um mero objeto da consciência e do desejo masculino, sem vontade própria ou sentido independente. A continuidade no tempo de práticas históricas de submissão disseminadas na sociedade e reproduzidas pelas novas gerações é uma prova do quanto ainda temos que avançar para que as mulheres do mundo inteiro possam viver uma vida realmente digna. A violência mais direta e subversiva do tráfico de mulheres tem sido um difícil obstáculo para os instrumentos de inteligência do estado, devido a sua disseminação e organização rizomática em todas as fronteiras do país. Não podemos deixar de notar a associação existente entre as mulheres que são escravizadas ou violentadas e a indústria pornográfica que reproduz a imagem da mulher como simples objeto do desejo (de consumo) dos homens.
De qualquer forma, as conquistas das últimas décadas são incontestáveis e as feministas estão cada vez mais fortes e atuantes no mundo inteiro.
Eu, como um humilde companheiro de luta e simpatizante feminista, desejo que este dia seja o início de um grande ciclo de novas conquistas para as mulheres do mundo inteiro!
Nenhum comentário:
Postar um comentário